Viajando em RA


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Oi meninas! Como muitas de vocês já sabem, eu casei sábado passado e foi uma festa maravilhosa. Aproveitei muito, ri, chorei, dancei, curti e arrasei no meu vestido de noiva. E deu pra passar ilesa pela festa (em termos de RA). Estourei a minha cota em apenas 4 pontos (eu tenho direito a 30 e usei 34). Considerando que eu bebi espumante, comi bolo com sorvete e docinho, acho que fui muito bem. Eu tinha 2 pontos na poupança e os 2 que faltaram eu paguei no domingo. Não fiquei devendo nada e ainda emagreci 100 g! rsrs

Me pegaram no flagra comendo um docinho. Mas eu anotei tudo e paguei meus pontos hein!

No momento estou de malas prontas para ir pra Itália curtir minha lua de mel. Gente, estou tão animada!!! No entanto, eu não poderia ir sem antes compartilhar com vocês o meu plano de viagem. Não, não vou falar sobre cidades, hotéis e roteiros turísticos. Vou falar sobre o meu planejamento com relação à RA durante a viagem. Sim, eu tenho planos e metas. E nenhum deles inclui engordar nem tampouco deixar de aproveitar essa viagem magnífica. Então o que fazer?

Antes de falar dos meus planos, primeiramente quero falar um pouco sobre decisões e desculpas. A vida é feita de escolhas, conscientes ou não, acertadas ou não. Fazemos escolhas o tempo todo e, no que tange o assunto que nos interessa aqui, a escolha a respeito do que colocar na boca é o que determina se o ponteiro da balança vai para cima ou para baixo. Mas qual é a diferença entre desculpa e decisão?

A desculpa é um argumento auto-indulgente dado para justificar uma escolha ruim e feita sem pensar. Exemplo: "Essa semana engordei porque tive duas festas pra ir e enfiei o pé na jaca."

A decisão é um processo consciente de escolha (nem sempre acertado, mas consciente). Exemplo: "Essa semana terei duas festas pra ir e pretendo comer muito. Pode ser que eu engorde, mas depois eu retomo a dieta."

Percebem a diferença? A primeira se lamenta. A segunda escolhe. A primeira não queria engordar. A segunda não se importa se engordar. Eu, particularmente, tenho horror de desculpas. Penso que todas as desculpas são esfarrapadas por natureza. As decisões não. Certas ou erradas elas fizeram parte de uma escolha consciente e portanto da qual a pessoa não pode se queixar. A desculpa é como uma folha seca voando no vento e se lamentando por não ter gostado de onde chegou. A decisão te leva a algum lugar que você escolheu ir e pode até não gostar depois de chegar lá, mas não pode se queixar porque foi escolha sua.

Outra coisa importante é que fique claro que não existe escolher entre ser magra ou ser feliz. Essas opções não são mutuamente exclusivas. Trata-se da escolha entre comer bem e ser magra ou comer mal e ser gorda. Ser infeliz é outro departamento. É perfeitamente possível comer bem, com muito sabor, com muito prazer e não enfiar os dois pés na jaca até os joelhos.

Dito isso, vocês podem imaginar que investi algum tempo no planejamento da minha viagem. Antes de tudo eu estabeleci uma meta. Minha meta é voltar com o mesmo peso de hoje (65,2 kg). Não pretendo emagrecer, mas também não pretendo engordar. Será que vou conseguir? Sem dúvida vou tentar! A primeira decisão que tomei é que não usarei o contador de pontos. Sim, eu decidi isso. Não vou dizer que não usei porque não tive tempo. Isso seria uma desculpa. Eu decidi não usar porque minhas prioridades para uso do meu tempo são outras: conhecer belos lugares e namorar o meu marido. Portanto, tempo eu tenho, mas conscientemente decidi fazer outra coisa com ele. Outra decisão que tomei é que não vou me pesar, simplesmente porque comparar pesagens entre balanças diferentes é inteiramente inútil. Me pesarei quando voltar pra casa.

Já que não vou usar o contador de pontos, então bolei outra maneira de controlar a minha alimentação para atingir o meu objetivo de voltar de lá com o mesmo peso. Ahhh vocês não estavam achando que eu tinha pirado e resolvido chutar o pau da barraca, né? rsrsrs De jeito nenhum! Vamos lá...
  • Frutas - Não consumirei 3 porções por dia, mas se tiver opção de um copo de suco de laranja ou de limão siciliano (dizem que é divino), certamente incluirei.
  • Leites e derivados - O leite ficará de fora da minha vida, exceto por um eventual capuccino ou um iogurte no café da manhã se tiver essa opção. Os queijos são muito usados nos pratos italianos então esse será meu principal consumo neste grupo alimentar.
  • Feijão - Sem chance, isso sei que não encontrarei por lá. Mas se aparecerem ervilhas aproveitarei.
  • Legumes e folhas - Esses são fáceis e não me preocupo. Todas as minhas refeições são repletas de legumes e verduras e sei que lá terei opções. Aspargos, alcachofras, berinjelas e abobrinhas são muito usadas nos pratos italianos.
  • Cereais integrais - Quando estive na Itália ano passado não me lembro de ter visto coisa alguma integral. Confesso que não estava procurando, mas enfim. Se eu tiver a opção do integral, escolherei. Caso contrário, paciência.
  • Exercícios - Com esses não preciso me preocupar porque sem dúvida caminharei muito. Ano passado só pegamos taxi pra ir do aeroporto ou estação de trem pro hotel e vice-versa (em Florença até isso fizemos a pé). Caminhamos muitíssimo o dia inteiro e dessa vez não será diferente. Comprei até um tênis casual para fazer meus passeios com conforto sem abrir mão da elegância (sempre diva!). Acho que posso assumir 3 pontos diários de bônus de caminhadas, chutando pra baixo por segurança.
  • Gelatto - O famoso e delicioso sorvete italiano. Não abrirei mão desse prazer. Me concederei um gelatto por dia no máximo, dando preferência aos variados sabores de frutas. As longas caminhadas "pagarão" o meu gelatto.
  • Vinhos - Não abro mão. Uma taça na refeição é o suficiente para aproveitar os sabores e o romance sem abusar das calorias nem ficar "bebinha" demais. Sim, eu sou muito fraca pra bebida e devo dizer que considero isso uma sorte minha.
  • Pizzas - Uma fatia é o suficiente. Já disse uma vez em outro post que o ato de repetir na refeição é um hábito ruim que deve ser evitado. Repetir implica invariavelmente em dobrar a pontuação de uma refeição em troca dos mesmos sabores. Acho isso um desperdício. Além de pecar contra o princípio básico da variedade e concentrar grande número de pontos num mesmo momento do dia em vez de distribuir bem ao longo deste. Ou seja, tudo de ruim.
Eu tenho direito a 30 pontos por dia. Meu gelatto será pago pelas caminhadas então esse não entra na conta. Reservarei 11 pontos diários para vinho, o equivalente a duas taças de vinho tinto seco. Sobra o suficiente para 3 refeições de 6 pontos cada e mais 1 pontinho de curinga. Exemplos de refeições de 6 pontos:
- 1 fatia de pizza com vegetais;
- 1 pegador de massa mais 2 pontos de molho (evitar o creme de leite);
- 1 xícara de arroz mais 3 pontos de outros ingredientes para um risoto;
- 1 torrada ou pãozinho pequeno com queijo ou manteiga, um suco de laranja e um caffé ristretto.

Pra quem está achando inconcebível a ideia de fazer uma refeição com apenas 6 pontos, saibam que hoje eu já estou acostumadíssima a isso. Meu almoço em geral tem apenas 3 pontos (eu não como carne) então aumento pra 5 pontos incluindo um ovo cozido ou uma fruta de sobremesa. Dessa forma, pra mim não é irreal pensar numa refeição por 6 pontos.
Na minha opinião a parte mais difícil desse plano é o vinho. Desde que o programa mudou, a pontuação do vinho tinto seco subiu muitíssimo. Bizarro é que o vinho tinto suave continuou com a pontuação baixa sendo que o seco é melhor pra saúde que o suave. Vai entender... É com o vinho que eu tenho que tomar mais cuidado, mas sem me privar. Buscarei controlar isso equilibrando com o gelatto e as caminhadas. Se beber um pouco mais de vinho, nada de gelatto. Lei da compensação. O restante acho que vai ser bem fácil e agradável.
E então, o que acham? Será que vai dar certo? Isso saberemos quando eu voltar. Estou bastante otimista!

Minhas lindas, então é isso, ficarei 3 semanas sem passar por aqui. Cuidem-se direitinho na minha ausência hein! Nada de meter o pé na jaca! rsrsrs

Beijos a todas e boa RA!

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